Wednesday, May 27, 2009

Eu tive um sonho

Não, não é mais um discurso ideológico. Abaixo, a narrativa de um sonho muito curioso (e satisfatório) que tive essa noite.

Sala de estudos, tarde da noite, empacotando minhas coisas para ir embora. Me despeço dos amigos que ainda continuam por lá e vou para o meu carro. No caminho, em frente à entrada da Ala Central, me deparo com uma aglomeração de alunos se preparando para armar o piquete em frente à biblioteca.

Dessa vez, eles não se contentam em bloquear a entrada com sofás velhos ou cadeiras tiradas das salas de aula, mas trazem sacos de cimento para empilhá-los na porta! Pelo menos os sacos parecem de cimento, mas poderia ser qualquer outro pó. Ignoro a turba e continuo indo para o meu carro.

Ao chegar ao estacionamento, não encontro o carro. Penso que me esqueci de onde o deixei, e começo a sondá-lo com o controle remoto do alarme. Olho ao redor procurando a luz âmbar do pisca-alerta, e, para a minha surpresa, a encontro vindo de uma caminhonete estacionada em uma não-vaga.

Curioso, me aproximo da caminhonete e aperto o botão para desligar o alarme. E, de fato, ela me manda o bip-bip de que o alarme está desligado. Sem reparar em ninguém ao redor, abro a porta e não vejo nada de incomum, exceto que essa caminhonete enorme está com o meu alarme instalado nela e meu carro está desaparecido.

Ponho-me a calcular a probabilidade de terem codificado um outro alarme com a mesma combinação que o meu, e logo concluo que meu carro fora roubado e desmanchado, e as peças, espalhadas.

Aqui, meu subconsciente faz uma pausa dramática; me encontro no mesmo lugar, só que já amanheceu, a caminhonete não está mais lá, e no estacionamento da Física se forma o que parece uma manifestação de alunos em favor da greve. Estão todos esperando alguma coisa.

Alguns policiais estão posicionados por ali, caso a coisa esquente. Me dirijo a um deles, que parece ter mais de dois metros de altura, e comunico que meu carro fora furtado na noite anterior. Explico a ele que uma caminhonete parecia estar equipada com o meu alarme, e no fim do meu relato o policial só diz lentamente "Excelente", com uma cara de satisfação. Ele me encaminha a outro policial que me leva a um local elevado ali perto. Provavelmente o alto do Morro da Coruja, mas meu subconsciente fez mais uma vez uma intervenção dramática e o pôs no lugar do laboratório de ressonância magnética, para me dar uma visão melhor do que aconteceria em seguida.

Olhando ali do alto, de tocaia, vejo a tal caminhonete chegando, carregada de mais sacos de cimento. Quando os alunos que estavam ao redor vão em direção a ela para descarregá-los, eu aperto o botão do alarme e a caminhonete apita. Esse é o sinal que os policiais que ficaram embaixo, assumindo posições estratégicas, estavam esperando.

Imediatamente, eles sacam as armas e dão a ordem de prisão. Um conflito se segue, com muitas borrachadas e gás lacrimogênio. Gritos de "Opressão!", "Fora a PM do Campus!", "Isso não representa o coletivo dos estudantes!" são rapidamente obscurecidos por fumaça e pancadaria. Desço do morro e observo, satisfeito. Daí me pergunto, "mas e o meu carro?".

E então, acordei. Em parte, aliviado por ter sido um sonho. Em parte, decepcionado.

3 comments:

Rebeca said...

Bizarrooooooooo!!!!!

Tomra que isso NUNCA aconteça no IF... Já bastam as cadeiras ano passado. XD

Kaos said...

Cara!!! Cadê meu carro?!?!?!

Dani Siga said...

Twilight Zone!