E aproveitando para testar o Bloggy.
Os últimos meses foram de longe os mais dolorosos por que já passei. Coração partido, desilusões dos piores tipos, traição e abandono. Esse período compete de perto com o meu segundo colegial na lista das piores épocas da minha vida.
O que sai desse turbilhão eu ainda não sei definir, mas definitivamente não é o mesmo que entrou. Boa parte está perdida para sempre, como o meu otimismo em relação a pessoas e o meu deslumbramento com a vida. Alguns chamam isso de amadurecimento. Para mim são cicatrizes.
Por outro lado, estou reencontrando muito do que de outra forma teria se perdido. Relembrei do gosto de sentar por horas a fio no piano, tocando até as costas doerem. Resgatei amizades antigas, antes desgastadas pelo afastamento ou por razões ou influências só compreendidas agora.
E houve o aprendizado. O que começou apenas como um exercício de autocontrole evoluiu para uma apreciação da efemeridade das coisas. Tudo passa. Planos de longo prazo acabam se tornando fontes de ansiedade e dor. É uma sensação estranhamente libertadora não fazer planos. O difícil é encontrar um meio-termo.
No fim das contas, nada do que falamos sobre dificuldades em relacionamentos realmente procede até que de fato tenhamos passado por elas.
Trilha sonora: Opeth - Coil
Friday, October 30, 2009
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